terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O que faz falta...

A política do meu país tem falta de gente. É verdade.

Vou tentar fazer aqui um texto apartidário, sem qualquer tipo de propaganda política. Não sei se é a primeira vez que o faço, decerto não é a primeira vez que o tento fazer. Espero poder manter esse carácter no texto até ao último parágrafo.

Como comecei por dizer, a política portuguesa tem falta de gente, ou melhor, de qualidade. Actualmente, observa-se na política portuguesa uma série de pessoas que querem atingir o poder de qualquer forma, sem olhar a meios, esquecendo-se, no entanto, que atingindo esse poder é necessário saber conservá-lo, e isso soube fazer o actual primeiro-ministro, tentando ser temível primeiro, não resultando, tentando ser bom numa fase final da legislatura. Mas para que não me desvie do tema, retomo a intenção do texto, dizendo que receio não haver no nosso país, actualmente, nenhum líder político carismático.

Na política, como em outras áreas da sociedade, o carisma é parte integrante, sendo, entre outros, um meio de cativar eleitorado e de mostrar firmeza governativa. Não é habitual, ou melhor, é politicamente incorrecto falar de extremismos no nosso país, no entanto, o devido valor a nível da faculdade acima referida (o carisma) deve ser dado a quem o merece. Na minha modesta e infundada opinião, são mestres na divulgação do discurso vários ditadores ou políticos da extrema, quer direita quer esquerda. Quem ouve um discurso de Hitler, mesmo que em Alemão, sente que existe ali muita convicção. Ou quem ouve um discurso do Goebbels, ou de Guevara, ou de Estaline, ou de Chavez, ou, mais recentemente e não ditadores nem ligados a tal mal, Kennedy, Berlusconi ou Obama, entre outros. Por exemplo, os discursos de Che Guevara nas Nações Unidas são tão cativantes que, até a mim, me encantam. Ao ver e ouvir um discurso de Guevara, no decorrer do mesmo, dou por mim a pensar se não sou um revolucionário, que sei que não sou, mas que pela intensidade das suas palavras me levam a questionar isso, mesmo tendo a certeza do contrário. Falar assim é mentir? Não podemos ver as coisas por esse prisma. É acreditar nas próprias palavras com convicção.

Não quero um Che Guevara nem um Hitler em Portugal, mas gostava de ver dois líderes carismáticos no nosso país. Já os houve, por exemplo Mário Soares, Sá Carneiro e Álvaro Cunhal. Agora não existem, pelo menos não existem em clara actividade, e tenho medo que não esteja para acontecer.
asdasdasdsad
asdasdasdasd
asdasdasdasd
Joel Cardoso

Sem comentários:

Enviar um comentário