segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Eu sou UV!

A Universidade de Verão do PSD foi, sem qualquer dúvida, o ponto alto da cena política nacional durante o mês de Agosto. É legítimo dizer que muita gente gostaria de estar presente, mesmo que alguns não o admitam. Eram cem, “os melhores”, como disse Carlos Coelho.

É uma pena que coisas destas não aconteçam em todos os partidos. É preferível um festival de verão.

Joel Cardoso

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Acorda e VOTA!

Veja aqui o vídeo do Grupo Cinzento da Universidade de Verão 2009

http://www.youtube.com/watch?v=fqB6oRJI404

Joel Cardoso

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ser enganado? Não, obrigado!

“Fazer batota ao jogo e não ganhar, só de um tolo”- Voltaire - França· [1694-1778]

“Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente” - Abraham Lincoln - Estados Unidos - [1809-1865]


Escrever sobre um tema que nos aflija ou intrigue, é uma forma sustentável de sanidade moral. O engano é um tema que me intriga e aflige. A hipocrisia também!

A frase de Voltaire a que faço referência espelha um desejo. A frase de Lincoln, essa, por sua vez, espelha uma realidade. Passo a explicar (daqui a pouco).

Imaginemos que estamos a jogar cartas, eu mais três, tenho um jogo fraco, faço batota. Para quê? Ganhar. E não é que ganho mesmo, sem que ninguém dê conta. Noutro jogo, dali a tempos, volto a fazer o mesmo, ainda ganho, mas com o passar do tempo, os jogadores e mesmo os que apenas observam, começam a perceber que tenho construído as minhas vitórias sobre alicerces de batota, pelo que chega a uma altura em que eu já não posso utilizar a batota, sob pena de ser excluído ou penalizado.

A batota, jogo sujo, ou como lhe queiram chamar, não é nada grave num qualquer jogo entre amigos ou no caso de não prejudicar ninguém, se bem que é sempre um erro e uma falsidade. Se uma autarquia fosse um jogo de cartas a dança de cargos não era nada, mas mesmo nada grave.

No entanto, no concelho de Angra do Heroísmo, há um governo, que ao que parece, abusa um pouco (?) da oportunidade que tem por ser poder. Não sei se isto será um pensamento apenas meu, mas creio que não. Se assim for, cair no ridículo é o que faço com este texto.

Na Grécia, a hipocrisia, ou melhor υποκρισις [hupokrisis], era um substantivo feminino a significar o acto da representação, o fingimento. Em Angra faz-se batota. Tira-se de um cargo, o de presidente, a pessoa que lá está, para, no mesmo local, colocar o futuro candidato. Este facto sucedeu-se uma primeira vez quando o presidente passou a ser vice-presidente do Governo Regional. Aquele que mais tarde viria a ser candidato assumiu o cargo, podendo fazer campanha para as eleições que se avizinhavam, e ganhou as eleições. Já nessa altura se falou em hipocrisia. Eu não sei, o que sei é que esse presidente assumiu o seu cargo, carregando sobre si as dificuldades deixadas pelo seu antigo homólogo. A faltar cerca de um ano e meio para eleições autárquicas de 2009, incrivelmente, o mesmo se sucedeu. Aquela que seria a futura candidata assume o poder, após a demissão daquele que ocupava o lugar no início de 2008. Hipocrisia, agora também sei que sim, provavelmente por ter funcionado da primeira. Na realidade, como é óbvio, é mais fácil fazer uma campanha para um cargo quando já se ocupa o cargo. Eu por mim, espero que sejam tolos, e que não voltem a ganhar com “batota”. O desejo, espelhado na frase de Voltaire.

Na realidade não é possível enganar toda a gente o tempo todo. Claro que não! Os angrenses não são tolos, nunca foram, nem serão!

Aflige-me o engano que, disfarçadamente, querem impingir aos eleitores angrenses. Angra merece mais do que isso!


Joel Cardoso