domingo, 20 de dezembro de 2009

Por estas e por outras…

Não me tem apetecido escrever nada sobre política por várias razões, e uma delas é a legalização do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo. Mas se são pessoas do mesmo sexo é alguma coisa, certamente não é casamento. Depois o PS fica escandalizado porque o Presidente da República está mais preocupado com o desemprego…. Haja paciência. O post mostra a indiferença que eu tenho ao tema. Obviamente que sou contra. No mínimo, sou contra a que se chame a isso casamento. O nosso lindo PCP continua por aí, e o Jerónimo diz que vai haver mais desemprego em 2010. O PCP precisa de desemprego como de crianças ao pequeno-almoço.
Paneleiros de merda, ja sao iguais aos outros...
Joel Cardoso

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Nova cara

Este blog já não é só política. Não me tem apetecido escrever sobre isso.

Borboleta - (o blog precisa de amigos)

Saí de casa, vi-te na janela. Olhavas o sol com um amor do teu tamanho, e uma intenção igual. Apreciava-lo, era isso! O resto era igual. O sol não, era do tamanho do tempo, de ainda antes dos deuses. O sol era a única coisa que poderias ser, imaginava eu, ao ver-te debruçada na janela, qual borboleta atrevida em flor alheia. E eu invejava-te, com a mesma inveja que a abelha olha essa borboleta, por achar que essa flor já não servirá para a sua colmeia. Mas há lugar para os dois seres, indiferentes ao mundo num secretismo fanático. Como é fácil ser, às vezes! Difícil é sentir sendo, ou ser sentindo, como quiseres. Mas é difícil! Aí dou razão à borboleta, que de todos os seres, é o que mais experiência tem. É completamente livre, é relativamente livre (como o ser que é, por natureza, mau – o Homem) e está presa, no seu casulo, a sofrer mutações que o comum humano nem imagina. Mas nós, os seres maus, capazes de matar um borboleta, não imaginamos o que não sabemos. É pena que o Homem tenha de olhar os outros seres para se aperceber da sua condição.

E lá estás tu, a olhar o sol…

domingo, 25 de outubro de 2009

E agora?

O PSD irá a eleições após o debate do Orçamento de Estado. Pedro Passos Coelho e Marcelo Rebelo de Sousa são os actuais candidatos a candidatos. A incógnita principal é a recandidatura de Manuela Ferreira Leite.
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Parece que actualmente ninguém sabe se o PSD é de centro-direita, de centro ou de direita. Para mim é centro-direita. Sem querer excluir ninguém, gostava de deixar claro que se o PSD quiser ser de esquerda, então, eu não serei do PSD. A mim não me interessa quem lidera o partido nem quem são os deputados a mim interessa-me que o partido seja liderado em prol do país e em prol dos militantes. Serão convocadas eleições directas, e sendo assim, não interessa sobre quem recai a escolha dos militantes, mas será sempre uma eleição democrática. Os militantes de base, como eu, sentem falta de uma representação, como em tempos o partido teve. Muitos militantes não se revêem em MFL, muitos não se revêem em PPC, muitos não se revêem em MRS. Como sabemos, é impossível que todos se revejam no líder, e é mesmo assim, no entanto o líder deverá ser aquele que se sinta com capacidade de chegar a todos, sem excepção, e nunca afastar dos cargos por razões de divergência ideológica se esta for pontual, obviamente. Eu acredito num partido de inclusão, onde cada um faz o que pode para bem do partido.
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Um partido não é menos partido por ter opiniões diferentes no seu seio, e o meu partido não é assim. O meu partido quer o melhor para as empresas e para os trabalhadores, o melhor para os patrões e para os empregados, é nesse partido que eu acredito.
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É por isto que acho que a eventual recandidatura de MFL não será muito válida, por ter sido demasiado fracturante com a sua oposição interna. MRS poderá ser o líder necessário nesta altura. MFL começou o ciclo eleitoral com uma vitória, e apesar de ter terminado com uma vitória, essa vitória teve um sabor a derrota, por não ter sido uma “boa” vitória.
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Quanto à data escolhida para as eleições, não estou em total desacordo mas também não concordo totalmente. Para mim é demasiado cedo, e o líder que se seguir poderá, no caso de ser PPC, ter algumas dificuldades de comunicação com a bancada parlamentar.
Tenho, obviamente, as minhas preferências, mas acima de tudo, espero que surja uma liderança capaz de fazer o partido regressar às vitórias frequentes.

Joel Cardoso

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Autárquicas 2009

Volvidas as eleições de 2009 há a tirar algumas conclusões, entre elas a liderança do PSD que poderá estar em causa. Antes de dar a minha opinião sobre o tema referido, gostaria de fazer um balanço pessoal sobre as autárquicas, que deram uma vitória ao Partido Social Democrata.

O PSD manteve a sua tradição nestas últimas eleições, em que normalmente tem um maior número de presidentes de câmara. O PS aumentou o número de presidentes de câmara relativamente a 2005. Na minha opinião, apenas isso, creio que não deve ser tirada qualquer ilação para as lideranças nacionais dos partidos, pelo facto de acreditar que é um projecto que passa pelos candidatos e pelas distritais e concelhias. Com estas eleições podemos, quando muitos, por em causa as lideranças desses órgãos partidários.

Na cidade de Lisboa, como sabemos, António Costa será presidente. Santana Lopes fez uma boa campanha, e mostrou acima de tudo, que ainda tem fôlego! Um bom resultado para Santana Lopes, que como sabemos perdeu muito politicamente com a sua mudança da câmara para o governo.

No Porto e em Gaia foi cumprida a expectativa, sendo que em Gaia se notou uma vitória esmagadora de Luís Filipe Menezes. Em Faro, vitória de Macário Correia num combate difícil.

Nos Açores, na Terceira, vitória para o PS em ambos os concelhos, sendo que na Cidade da Praia da Vitória se notou uma vitória extraordinária do Partido Socialista, bastante apoiada no discurso do “fizemos”, que, apesar de tudo, ninguém pode negar. Em Angra o PS venceu, sem maioria, é certo, mas venceu. Curiosamente não consigo encontrar explicação para tal, talvez Artur Lima seja responsável. O Partido Socialista em Angra tem cometido erros, e as pessoas mostram-se insatisfeitas, essencialmente desde o segundo mandato de Sérgio Ávila. A campanha de António Ventura foi coerente e concisa! Estou de certa forma revoltado por não saber o que falhou. O PS, a meu ver, já nem tinha legitimidade para governar em Angra. Talvez os eleitores também tenham sentido isso. A ausência de maioria na câmara pode reflectir a minha ideia. Os eleitores, infelizmente ainda gostam da velha política do maldizer.

Em Ponta Delgada, vitória esmagadora para o PSD. Não há muito a dizer, mas acredito que não se esperasse um resultado assim para Berta Cabral.

O PS venceu claramente nas ilhas. Mais votos. Mais presidentes.

Na minha terrinha, de novo, vitória clara para o PSD, aumento o número de votos e de mandatos na assembleia de freguesia. Resultado de um trabalho de competência por parte de todos os elementos da junta de freguesia. Note-se que o Raminho tem tido bastantes dificuldades por não se encontrar politicamente com a CMAH. Apesar de tudo o trabalho e a vontade de servir foram valorizados. O PS concorreu a saber que ia perder, e talvez por essa razão tenha apresentado uma lista de candidatos fraca e sem variedade.

Em jeito de conclusão, quem ganha, perde, quem perde, ganha. Não há muito a dizer sobre isso.

Joel Cardoso

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Suspensão de mandato

O PSD confirmou hoje que a actual presidente e candidata a presidente da CMAH tinha o mandato suspenso no início do período de campanha eleitoral. Ainda assim a presidente participou em eventos promovidos pela autarquia, o que, obviamente, é um erro.
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Joel Cardoso

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O Raminho conta com Honorato!

O candidato do PSD, Honorato Lourenço, distribuiu o manifesto eleitoral que guiará o seu mandato nos próximos quatro anos. O papel do PSD tem sido fundamental no Raminho, visto que foi sempre esta força política que governou a freguesia desde os primeiros anos de Democracia. Honorato Lourenço é um exemplo de trabalho, um exemplo de coerência e de dedicação, em prol da sua terra e da sua gente. O Raminho foi muito bem orientado durante o último mandato, e certamente continuará a sê-lo.
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Joel Cardoso

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Ministro que a maioria não quer.

Os portugueses votaram. Infelizmente quem teve maior número de votos foi o José Sousa Pinto. Embora se pense, e se diga, que esta foi, paciência, a escolha da maioria dos eleitores, pensa-se e diz-se mal. A maioria dos portugueses não queria lá o Sr. Zé.

Joel Cardoso

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Eu sou UV!

A Universidade de Verão do PSD foi, sem qualquer dúvida, o ponto alto da cena política nacional durante o mês de Agosto. É legítimo dizer que muita gente gostaria de estar presente, mesmo que alguns não o admitam. Eram cem, “os melhores”, como disse Carlos Coelho.

É uma pena que coisas destas não aconteçam em todos os partidos. É preferível um festival de verão.

Joel Cardoso

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Acorda e VOTA!

Veja aqui o vídeo do Grupo Cinzento da Universidade de Verão 2009

http://www.youtube.com/watch?v=fqB6oRJI404

Joel Cardoso

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ser enganado? Não, obrigado!

“Fazer batota ao jogo e não ganhar, só de um tolo”- Voltaire - França· [1694-1778]

“Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente” - Abraham Lincoln - Estados Unidos - [1809-1865]


Escrever sobre um tema que nos aflija ou intrigue, é uma forma sustentável de sanidade moral. O engano é um tema que me intriga e aflige. A hipocrisia também!

A frase de Voltaire a que faço referência espelha um desejo. A frase de Lincoln, essa, por sua vez, espelha uma realidade. Passo a explicar (daqui a pouco).

Imaginemos que estamos a jogar cartas, eu mais três, tenho um jogo fraco, faço batota. Para quê? Ganhar. E não é que ganho mesmo, sem que ninguém dê conta. Noutro jogo, dali a tempos, volto a fazer o mesmo, ainda ganho, mas com o passar do tempo, os jogadores e mesmo os que apenas observam, começam a perceber que tenho construído as minhas vitórias sobre alicerces de batota, pelo que chega a uma altura em que eu já não posso utilizar a batota, sob pena de ser excluído ou penalizado.

A batota, jogo sujo, ou como lhe queiram chamar, não é nada grave num qualquer jogo entre amigos ou no caso de não prejudicar ninguém, se bem que é sempre um erro e uma falsidade. Se uma autarquia fosse um jogo de cartas a dança de cargos não era nada, mas mesmo nada grave.

No entanto, no concelho de Angra do Heroísmo, há um governo, que ao que parece, abusa um pouco (?) da oportunidade que tem por ser poder. Não sei se isto será um pensamento apenas meu, mas creio que não. Se assim for, cair no ridículo é o que faço com este texto.

Na Grécia, a hipocrisia, ou melhor υποκρισις [hupokrisis], era um substantivo feminino a significar o acto da representação, o fingimento. Em Angra faz-se batota. Tira-se de um cargo, o de presidente, a pessoa que lá está, para, no mesmo local, colocar o futuro candidato. Este facto sucedeu-se uma primeira vez quando o presidente passou a ser vice-presidente do Governo Regional. Aquele que mais tarde viria a ser candidato assumiu o cargo, podendo fazer campanha para as eleições que se avizinhavam, e ganhou as eleições. Já nessa altura se falou em hipocrisia. Eu não sei, o que sei é que esse presidente assumiu o seu cargo, carregando sobre si as dificuldades deixadas pelo seu antigo homólogo. A faltar cerca de um ano e meio para eleições autárquicas de 2009, incrivelmente, o mesmo se sucedeu. Aquela que seria a futura candidata assume o poder, após a demissão daquele que ocupava o lugar no início de 2008. Hipocrisia, agora também sei que sim, provavelmente por ter funcionado da primeira. Na realidade, como é óbvio, é mais fácil fazer uma campanha para um cargo quando já se ocupa o cargo. Eu por mim, espero que sejam tolos, e que não voltem a ganhar com “batota”. O desejo, espelhado na frase de Voltaire.

Na realidade não é possível enganar toda a gente o tempo todo. Claro que não! Os angrenses não são tolos, nunca foram, nem serão!

Aflige-me o engano que, disfarçadamente, querem impingir aos eleitores angrenses. Angra merece mais do que isso!


Joel Cardoso

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ausente

Depois de algum tempo sem computador, volto a publicar um pequeno texto no meu pequeno blogue.

Gostaria também de fazer referência à página da JSD Terceira. Não tive opurtunidade de anunciar o lançamento dessa página na devida altura, no entanto, deixo aqui o endereço da mesma.
http://jsdterceira.wordpress.com/

Joel Cardoso

Política Séria


A política, nos termos em que a vemos, deixou de ser há muito tempo o que em tempos foi.
É agora, muitas vezes, um meio de poder. A política não deveria ser um meio de atingir o poder, devia ser, e isso sim, o meio de ligação e acesso de tudo a todos. A política implica a Constituição, a legislação, as normas, a ética e a moral. Apolítica deveria promover o debate de ideias e ideais.

Muitas vezes, em política, ouve-se dizer que se deve “votar nas pessoas” por oposição aos partidos. Ora, na minha opinião, isso poderá ser um erro. Em todo caso, esse tipo de pensamento, poderá ser equacionado quando se fala em política de maior proximidade, como é o caso das autarquias. Poderá ser um erro essa tentativa de colocar o voto nas pessoas, não no partido, pela razão simples de que a política não o é sem ideais. Já não se conhecem os ideais, que se se conhecem, muitas vezes, simplesmente, se ignoram.

Sem verdadeira política, em democracia, não há verdadeiros ideais. Se é verdade que os partidos tem de ter uma abertura, que deve ser cada vez maior, a novos conceitos e termos, que por diversas razões, em outras alturas não entravam na cena política, não é menos verdade que os mesmos devem fazer um esforço para manter os seus ideais mais básicos na consciência partidária. O ideal fez, por diversas vezes, mover o mundo, sendo disso exemplos Roma, França, Alemanha, até mesmo Portugal, nos descobrimentos. Todos os partidos tem de ter o seu quanto de liberal e conservador, todos os partidos tem de ter abertura de consciência que permita que isso aconteça. Por essa razão, a dos ideais, ou pela falta dela, as pessoas não se movem. Deixaram de se importar, não querem saber. A política é dos grandes, não é do povo. Não é verdade. A política foi feita para o povo, pelo povo.

Lembro-me de ouvir falar a minha avó, que a sua mãe, minha bisavó, vestia a melhor roupa no dia das eleições, para ir votar. Isto hoje não acontece, nem é preciso tanto. Bastava ir! Agora, a razão que provoca tal inércia nas pessoas, essa não é sabida, mas eu penso, muito seriamente, que resida nessa ausência de ideais.

Essencialmente, é preciso que as pessoas, todas elas, recebam por parte dos agentes políticos, um estímulo que faça com todos possa voltar a acreditar em política, para que não se siga o mesmo caminho que seguiu há muitos anos. Para isso é necessário que se faça “Política de Verdade”. Enquanto se tirar uma pessoa de um cargo para lá colocar o candidato, para que este possa fazer campanha no poder, e consequentemente apresentar obras e acções concretas, a política nunca será séria.
Joel Cardoso

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Nozes

Costumo ouvir as vozes,
Que o dizem por aí.
Que o nosso Deus dá nozes,
Eu ainda não as comi.

Ao ouvir as mesmas vozes,
Na boca das nossas gentes,
Acho que Deus dá nozes
Só aos que não têm dentes

Tenho na boca os dentes,
E ao ouvir certas vozes,
Da boca das nossas gentes…
Sei que afinal não gosto de nozes.

JC

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Angra merece ventura

A cidade de Angra do Heroísmo, considerada Património Mundial há 26 anos, sendo que foi a primeira no nosso país, tem, como todos sabemos, um valor histórico e cultural inegável. Foi em 1534 elevada a cidade por D. João III de Portugal, numa altura em que era um ponto obrigatório nas rotas marítimas do Atlântico.

Hoje em dia, longe da glória e da importância que ostentava em tempos, está, a nossa cidade, triste e desventurada, com uma tristeza evidente no seu semblante, ou seja na sua parte física, o que obviamente influencia a massa humana residente. A cidade de Angra perdeu vida, apesar de ter sempre sido uma cidade activa, como comprova a História. A perca dessa vitalidade aconteceu por variadas razões, sendo a mais forte, na minha opinião, a sucessão de erros de governação por parte do Partido Socialista, que tem presidido à Câmara Municipal nos últimos anos. É de notar a ausência de pessoas à noite na cidade. Angra adormece muito cedo, com uma ligeira excepção dos fins-de-semana, onde os jovens, especialmente os mais novos, na faixa entre os 14 e os 20. No entanto, é obvio que isto não é suficiente numa cidade que se quer viva e alegre, numa cidade com a importância de Angra. A mim parece-me que as pessoas perderam, de certa forma, o encanto de viver na cidade, essencialmente as pessoas que habitam a zona do centro.

A palavra ventura, que significa boa fortuna, fortuna próspera, tem o seu peso numa cidade histórica como Angra do Heroísmo. É por coincidência que aquele que, a mim, me parece melhor candidato para Angra do Heroísmo se chama António Ventura.

O Partido Socialista tem muita responsabilidade no estado em que, tristemente, se encontra o concelho e a cidade. Responsabilidade na degradação da cidade, no mau cheiro da cidade, na segurança da cidade, na falta de água na cidade e em tantas outras coisas negativas, que infelizmente temos na nossa cidade.

Penso que há muito a ganhar com o candidato do PSD, e penso também que não haverá um esquecimento das zonas rurais do concelho, visto que a importância dessas zonas na economia local é grande. Por outro lado, e lembro que é uma opinião, a população citadina - e estou a generalizar - deveria fazer mais pela sua cidade, para que não aconteça o que tem acontecido nos últimos anos.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Europeias 2009

A saga das Europeias 2009 termina de forma satisfatória por um lado, por outro não. Ora, isto significa que ao nível da eleição em si, tivemos, sem dúvida, uma vitória clara do PSD, que, como se esperava, fez uma campanha consistente, apoiada na verdade. Por outro lado, em relação à abstenção, esse monstro, a combater por todos os partidos, em especial aqueles que mais influência tem no quadro político, podemos concluir que as eleições que ontem se realizaram são as que mais abstenção apresentam, isto leva a que se pense que a Europa não interessa ao povo de Portugal, infelizmente. Mas a verdade é que a Europa é deveras importante!

Se me perguntarem pela relação destas eleições com as legislativas, obviamente que são distintas, o que no entanto não é de fiar na mentalidade política portuguesa. Isto não quer dizer que o resultado seja o mesmo ou que seja outro, mas o que me parece, pessoalmente, é que o PSD com esta vitória ganha ânimo e coragem para as batalhas vindouras, essencialmente isso, acima até do presságio que possa ser este resultado. Mérito para Paulo Rangel, que se mostrou capaz de figurar na Parlamento Europeu, mérito para Manuela Ferreira Leite, que mostrou espírito de vitória, credibilidade, humildade e coragem. É uma derrota pessoal de Sócrates, talvez pelo candidato escolhido. Vitória de Manuela Ferreira Leite pela mesma razão.

Quanto aos Açores, Maria do Céu Patrão Neves mostrou claramente que conseguiu deixar para trás toda a polémica em relação à sua escolha para representar os Açores, mostrando-se mais capaz do que Luís Paulo Alves, acabando assim por revelar-se um escolha bastante acertada!

Joel Cardoso

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Votar? SEMPRE!

Em vésperas de eleições europeias faço, por achar imprescindível, um apelo ao voto. Peço que votem! É imprescindível que cada um de nós faça uso desse direito. Vote em quem vote, mas vote!

A minha intenção de voto está perfeitamente definida, no entanto, para quem não sabe em quem vai votar, e no Domingo, porventura ainda não o saiba, peço que se dirija à mesa de voto, fazendo um reflexão, e se por alguma razão essa reflexão não elucidar o próprio eleitor, então, vote em branco, se for necessário. O essencial é que se vá votar!

Não me conformo com os que criticam as escolhas dos outros quando podem também escolher, ou melhor, com aqueles que não vão votar, mas que são, muitas vezes os primeiros a criticar. Por outro lado, que credibilidade tem um eleição com 60% de abstenção? Infelizmente no nosso país, para mal de todos, o grande inimigo dos candidatos é, obviamente, a abstenção.

Joel Cardoso

terça-feira, 2 de junho de 2009

Maternidade na adolescência.

A maternidade na adolescência é um tema que tem sido por várias vezes referenciado pela JSD Terceira, que se mostrou preocupada com o facto de esta temática não ser seriamente abordada pelo Governo Regional. Por essa razão, a mesma Jota, se mostrou surpreendida por declarações de um membro do Partido Socialista, a dar conta que as consultas de planeamento familiar serão implementadas na região a partir deste Verão.

Há cerca de nove anos, em 2000, foi publicado o Decreto Legislativo Regional n.º 18/2000/A que faz, no seu artigo 6º, referência a essas mesmas consultas, onde se pode ler o seguinte, “Nos centros de saúde da Região e nos serviços de ginecologia e obstetrícia dos hospitais de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta implementar-se-ão consultas específicas de planeamento familiar”. Sendo o artigo do ano de 2000, podemos concluir que este anúncio vem mostrar que o governo não tem qualquer respeito pelo tema.

Agora pergunto eu, se é o governo que quer dar a ideia de que está a fazer coisas novas, se é o governo que não sabe o que fez, ou se, por outro lado, os próprios governantes não se deram ao trabalho de rever o que está implementado sobre o assunto?

Uma coisa é garantida, o governo veio, tardiamente, dar razão à JSD que se queixou há algum tempo do incumprimento do decreto, em especial do seu artigo sexto.

Joel Cardoso

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Fraldas e Barcos: Inércia.

Não é que dou comigo a tentar ler e não me apetece?

Sento-me, agarro o livro, sem sequer pensar, mas não o abro, paro cerca de um segundo, mal toco o livro, mas ele não se abre. Acho que se chama inércia, essa coisa natural de tudo permanecer como está, ou pelo menos ter essa tendência. Sem que se abra o livro, sem que se mova de forma a contrariar a inércia, olho para a televisão e noto que mexi com o pescoço (acabo de a derrotar), não foi difícil. Mas como ia a dizer, olho para a televisão e vejo o Carlos César, não o oiço, vejo (atenção!), está sorridente mas não sei o que está a dizer, a julgar pela sua cara de orgulho… não sei, só se for um barco, daqueles bem rápidos, (emprestado?) certamente. Porque será que vem um barco tão rápido para os Açores? Eu cá para mim é para camuflar a desgraça que tem sido as histórias que envolvem barcos, perdidos no oceano, tal como o continente que o denomina, que também desapareceu (já estou a imaginar a confusão que haverá daqui a muitos anos, quando se falar em Atlântida, quando se disser que é um mito uns pensarão no barco, outros no continente perdido).
Continuando, o meu pensamento volta à inércia, essa coisa grave que tem atacado o Governo Regional dos Açores.

Já dizia o Eça, e passo a citar, “políticos e fraldas devem ser mudados de tempos em tempos pelos mesmos motivos”. E para não atingir o tal ridículo, para não ver o blog censurado, não digo que 12 anos a encher de m… é muito tempo…agora está dito!

Texto com alguns dias, mas era o que havia.

Joel Cardoso

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Liberdade - Democracia - Libertinagem

Liberdade,
Democracia,
Libertinagem.

Vivemos em Portugal, pelo que temos como certo a inexperiência e a tenra idade de pelo menos dois destes conceitos. Por outro lado, alguns podem defender isso, e como corro o risco de ser mal interpretado, vou defendê-lo também, que é o factor idade, ter o quê e quanto de importância em qualquer um deles.

Uma Liberdade e uma democracia de trinta e cinco anos são de facto crianças, mas esse factor traz irremediavelmente efeitos colaterais a nível social e, talvez, administrativo, isto é, a sociedade que vive sob a juventude dos conceitos referidos pode, em certos casos, pecar por ter falta de conhecimento dos mesmos, ou então, por ter ainda presente o estigma da forma de vida anterior, revelando-se um problema no relacionamento entre classes e gerações. Por outro lado, as gerações conhecedoras da antiga forma de vida podem desenvolver preconceitos em relação às prósperas gerações. Esta contradição faz com que, na minha opinião, se crie um clima de libertinagem camuflado na liberdade e na democracia. Em tempos aprendi que a Liberdade não é poder fazer tudo, mas sim, acima de tudo, poder fazer aquilo que se deve e se pode fazer.

A pergunta poderá ser, a razão pela qual isso pode, ou tem tendência a acontecer, e a minha resposta pessoal é que isso acaba por acontecer porque a geração, em especial a mais distante não sabe ainda viver em democracia. Talvez porque se sente ainda reprimida pela geração antiga, essa geração antiga que se alia à tal libertinagem para que a geração jovem não sinta nela o peso do passado.

É manifestamente verdade que alguém contra argumente isto, e é naturalmente real que não se resuma tudo ao que disse anteriormente. Admito certamente que se por um lado a liberdade dá lugar à libertinagem, por outro lado as duas gerações, pré-Liberdade e pós-Liberdade, podem convergir numa aliança ideal para o desenvolvimento da sociedade e da vida conjunta que possam vir a desempenhar.

Joel Cardoso

Primeiro post, apresentação

Passado algum tempo a visitar o blogue alheio, impondo o limite no comentário, sempre assinado, obviamente, passou-me simplesmente pela cabeça criar um, sem qualquer compromisso de actualização ou de tema.

Creio que o blogue será um meio de opinar, publicar texto próprio ou seja lá o que for que simplesmente me apeteça. No entanto, aviso desde já que posso ser tendencial, de maneira que este nunca será um blogue de notícia onde pretenda ser isento ou imparcial. Aceitarei sempre uma opinião dada através do comentário, a partir do momento em que essa não seja ofensiva, quer ao autor quer a outra pessoa que tenha dado a sua opinião. Por outro lado, peço que ao deixar o comentário deixem também uma qualquer forma de identificação. É obvio que cada um tem o direito ao anonimato, é verdade, e não peço que se identifiquem com o vosso nome, apenas peço que deixem uma inicial ou um pseudónimo, para que eu possa dirigir-me a essa pessoa quando assim for necessário.

Gosto de ler, pelo que tenho alguns livros que de uma maneira ou outra me marcaram, como por exemplo A Metamorfose de Franz Kafka ou A Brasileira de Prazins de Camilo Castelo Branco. A nível musical gosto de Metallica, Guns n’ Roses, Led Zeppelin, Pink Floyd… a nível político sou militante do PSD e da JSD.
Já agora, antes que se passe o tempo e eu me esqueça, gostaria de adiantar que colocarei no separador “Outros” sites ou blogues pelos quais me interesso, aviso desde já que não vou colocar lá todos, de imediato, pois são em grande número e seria impossível que fossem lá todos já colocados.

O título do blogue surge na simplicidade do local da minha residência que é daquela forma denominado, ou melhor, foi-o, em tempos. Sendo assim, resido na freguesia do Raminho, Concelho de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores.

Joel Cardoso