quinta-feira, 28 de maio de 2009

Fraldas e Barcos: Inércia.

Não é que dou comigo a tentar ler e não me apetece?

Sento-me, agarro o livro, sem sequer pensar, mas não o abro, paro cerca de um segundo, mal toco o livro, mas ele não se abre. Acho que se chama inércia, essa coisa natural de tudo permanecer como está, ou pelo menos ter essa tendência. Sem que se abra o livro, sem que se mova de forma a contrariar a inércia, olho para a televisão e noto que mexi com o pescoço (acabo de a derrotar), não foi difícil. Mas como ia a dizer, olho para a televisão e vejo o Carlos César, não o oiço, vejo (atenção!), está sorridente mas não sei o que está a dizer, a julgar pela sua cara de orgulho… não sei, só se for um barco, daqueles bem rápidos, (emprestado?) certamente. Porque será que vem um barco tão rápido para os Açores? Eu cá para mim é para camuflar a desgraça que tem sido as histórias que envolvem barcos, perdidos no oceano, tal como o continente que o denomina, que também desapareceu (já estou a imaginar a confusão que haverá daqui a muitos anos, quando se falar em Atlântida, quando se disser que é um mito uns pensarão no barco, outros no continente perdido).
Continuando, o meu pensamento volta à inércia, essa coisa grave que tem atacado o Governo Regional dos Açores.

Já dizia o Eça, e passo a citar, “políticos e fraldas devem ser mudados de tempos em tempos pelos mesmos motivos”. E para não atingir o tal ridículo, para não ver o blog censurado, não digo que 12 anos a encher de m… é muito tempo…agora está dito!

Texto com alguns dias, mas era o que havia.

Joel Cardoso

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Liberdade - Democracia - Libertinagem

Liberdade,
Democracia,
Libertinagem.

Vivemos em Portugal, pelo que temos como certo a inexperiência e a tenra idade de pelo menos dois destes conceitos. Por outro lado, alguns podem defender isso, e como corro o risco de ser mal interpretado, vou defendê-lo também, que é o factor idade, ter o quê e quanto de importância em qualquer um deles.

Uma Liberdade e uma democracia de trinta e cinco anos são de facto crianças, mas esse factor traz irremediavelmente efeitos colaterais a nível social e, talvez, administrativo, isto é, a sociedade que vive sob a juventude dos conceitos referidos pode, em certos casos, pecar por ter falta de conhecimento dos mesmos, ou então, por ter ainda presente o estigma da forma de vida anterior, revelando-se um problema no relacionamento entre classes e gerações. Por outro lado, as gerações conhecedoras da antiga forma de vida podem desenvolver preconceitos em relação às prósperas gerações. Esta contradição faz com que, na minha opinião, se crie um clima de libertinagem camuflado na liberdade e na democracia. Em tempos aprendi que a Liberdade não é poder fazer tudo, mas sim, acima de tudo, poder fazer aquilo que se deve e se pode fazer.

A pergunta poderá ser, a razão pela qual isso pode, ou tem tendência a acontecer, e a minha resposta pessoal é que isso acaba por acontecer porque a geração, em especial a mais distante não sabe ainda viver em democracia. Talvez porque se sente ainda reprimida pela geração antiga, essa geração antiga que se alia à tal libertinagem para que a geração jovem não sinta nela o peso do passado.

É manifestamente verdade que alguém contra argumente isto, e é naturalmente real que não se resuma tudo ao que disse anteriormente. Admito certamente que se por um lado a liberdade dá lugar à libertinagem, por outro lado as duas gerações, pré-Liberdade e pós-Liberdade, podem convergir numa aliança ideal para o desenvolvimento da sociedade e da vida conjunta que possam vir a desempenhar.

Joel Cardoso

Primeiro post, apresentação

Passado algum tempo a visitar o blogue alheio, impondo o limite no comentário, sempre assinado, obviamente, passou-me simplesmente pela cabeça criar um, sem qualquer compromisso de actualização ou de tema.

Creio que o blogue será um meio de opinar, publicar texto próprio ou seja lá o que for que simplesmente me apeteça. No entanto, aviso desde já que posso ser tendencial, de maneira que este nunca será um blogue de notícia onde pretenda ser isento ou imparcial. Aceitarei sempre uma opinião dada através do comentário, a partir do momento em que essa não seja ofensiva, quer ao autor quer a outra pessoa que tenha dado a sua opinião. Por outro lado, peço que ao deixar o comentário deixem também uma qualquer forma de identificação. É obvio que cada um tem o direito ao anonimato, é verdade, e não peço que se identifiquem com o vosso nome, apenas peço que deixem uma inicial ou um pseudónimo, para que eu possa dirigir-me a essa pessoa quando assim for necessário.

Gosto de ler, pelo que tenho alguns livros que de uma maneira ou outra me marcaram, como por exemplo A Metamorfose de Franz Kafka ou A Brasileira de Prazins de Camilo Castelo Branco. A nível musical gosto de Metallica, Guns n’ Roses, Led Zeppelin, Pink Floyd… a nível político sou militante do PSD e da JSD.
Já agora, antes que se passe o tempo e eu me esqueça, gostaria de adiantar que colocarei no separador “Outros” sites ou blogues pelos quais me interesso, aviso desde já que não vou colocar lá todos, de imediato, pois são em grande número e seria impossível que fossem lá todos já colocados.

O título do blogue surge na simplicidade do local da minha residência que é daquela forma denominado, ou melhor, foi-o, em tempos. Sendo assim, resido na freguesia do Raminho, Concelho de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores.

Joel Cardoso